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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Gosto da terra e do ar

Dos doces das raparigas

Mergulhar na água do mar

E no olhar que sempre instigas


Pele de aroma e cetim

Vinho melífluo, enfeitiçado

Pedaço do meu festim

Em meu corpo embriagado


Canta, pula, chora e ri

No epicentro da loucura

Sempre que me encosto a ti

É céu azul e noite escura

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

14 de fevereiro


Hoje é o Dia dos Namorados. Ou melhor, o dia reconhecido internacionalmente para as comemorações de quem tem o privilégio de ter uma relação amorosa com alguém.
Como me sinto assim, neste momento, gostaria de saber escrever melhor, mais docemente, mas talvez assim nunca te darias ao trabalho em escutar-me. Tens ouvido e lido o que falam e escrevem os outros e eles têm-te deixado distante e indiferente. Escrevem bem de mais, ou insuficientemente bem. Se soubesse escrever, talvez conseguisse dizer o quanto gosto… de qualquer maneira as palavras iriam sempre saber a pouco, por se encontrarem tão gastas pelo uso! Além disso, os termos de ocasião não nos estão destinados. Vestem sentimentos banais, corriqueiros, vulgares… O que sinto é absolutamente o oposto disso! Por isso, há que inventar a palavra certa, com o tamanho exacto, o sabor autêntico, a conotação perfeita e, principalmente, só nossa. E ela já existe:
Caipirel!
   Quando em meu ninho
Me aninho,
Com carinho,
A pensar em ti
Não sei se mereço o destino,
Isto que sinto em mim.
É um inchaço no peito,
Que tolda a minh' alma,
Já não sei se tem jeito…
Este princípio sem ter fim!
Que bem o meu ser terá feito?!
Para caipirel assim?!
As cores clarearam,
As flores cheiram a sorte,
As notas desertaram das pautas,
E as andorinhas perderam o norte!
Chegaste para junto de mim…
Caipirel!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Tempestade de Fogo


Adenso aroma de limos e mar salgado

Tempestade de fogo em sangue ardente

Em teu éden cravo, cravo encarnado

Penetrando lento em solo quente.


Baía sexual, sempre sem confim,

Estendida sobre um leito do oceano

Que obscura claridade se abre em teu festim

De fogo genital sobressai em branco pano.


Em teu jardim púbico e orvalhado

Cultivo antúrio ateado, para teu prazer

Cerdoso, erecto e afogueado

Roça nas margens adensas a crescer…

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os Teus Lábios


Guardiões do riso e das canções

Fonte de deleite e de desejo

Salivam fortes emoções

O recheio doce do teu beijo


Palco de sussurros e bailados

De línguas, silêncios e magias

Suspiram apaixonados

Nas noites quentes ou frias


Desenham trilhos na pele

Nos mais profundos segredos

Executam danças de bordel

Com lascivos e húmidos enredos

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Amo-te


Quando a tua ausência resvala no tempo
Reparto-me em saudades
E as lágrimas pendem das palavras…

Mas sempre que o destino me devolve o teu sorriso
O mundo gira ao contrário
E despontam poemas de amor

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Teu Corpo





Corpo de pele e de musgo
De voz quente e perfumada
Tua púbis de rubi bravo
Tua boca enfeitiçada

Tuas mãos me acalentam
No teu ventre me abrigo
Teus seios me adoçam
Tua ausência é o meu castigo…

Gosto de ti, feiticeira,
Tão misteriosa e tão bela
Dos teus cabelos de seda
Aos teus pés de Cinderela

Tira-me o chão, tira-me o ar
Tira-me a luz e a alegria
Mas deixa-me o teu sorriso
Porque sem ele não viveria

Teus Seios

Teus seios de ninfa airosa
Refúgio do meu desejo
Saciam a minha sede
Arrepiam-se quando os beijo

Botões de rosa carmim
Cheios, túmidos, palpitantes
Estampam poemas de amor
Lançam olhares provocantes

Divinos pecados carnais
Fonte louca de luxúria
Soltam suspiros de gozo
Deixam meus lábios em fúria

Colo de amor exigente
Sons de silêncio em flor
Incitam prazeres sem fim
Cantam canções de amor

Beijo

Soam as trombetas do silêncio.

Mudo é o diálogo que nossos olhos cantam,

Surdo é o poema que nossas mãos ofertam,

Cego é o sorriso que nossos corpos amam.

Nasce o beijo.

Somos eu,

Somos tu,

Somos um!

Carta de amor

Amor,

Esta tarde tenho tido imenso que fazer. Mas não tem sido nada fácil, porque não me sai da cabeça as tuas últimas palavras. Por isso, tenho que te escrever, nem que seja algumas linhas e, desta maneira, provar-te que te não esqueço (como se fosse possível alguma vez eu esquecer-te!) e te quero tanto.

Saíste ontem de casa, já noite dentro, deixando um vazio fúnebre que me gelou a alma e desfez o coração. Não consegui deitar-me e muito menos adormecer. Esperei que voltasses atrás, mas isso não aconteceu. O frio da tua ausência acompanhou-me na escuridão e ainda nem se quer se despediu!...

Peço-te perdão por te amar e invadir o teu espaço, mas o que sinto é uma doce canção que conheces bem, dos momentos que senti à sombra das tuas carícias, sorvendo da tua boca o sabor do teu sorriso.

Acusas-me de não te amar o suficiente, mas posso dizer que o sentimento que ofereço não traz o encantamento das promessas, nem as misteriosas palavras dos véus da alma... É uma quietude voraz, um turbilhão de carícias, uma tempestade de bem-querer! E só te pede que repouses serena, muito serena e deixes que os lábios apaixonados da noite encontrem sem fatalidade o olhar enamorado da madrugada.

Espero que me compreendas, me aceites de novo e voltes logo, não suporto mais a saudade.



Beijo Apaixonado