Hoje é o Dia dos Namorados. Ou melhor, o dia reconhecido internacionalmente
para as comemorações de quem tem o privilégio de ter uma relação amorosa com
alguém.
Como me sinto assim, neste momento, gostaria de saber escrever
melhor, mais docemente, mas talvez assim nunca te darias ao trabalho em
escutar-me. Tens ouvido e lido o que falam e escrevem os outros e eles têm-te
deixado distante e indiferente. Escrevem bem de mais, ou insuficientemente bem.
Se soubesse escrever, talvez conseguisse dizer o quanto gosto… de qualquer
maneira as palavras iriam sempre saber a pouco, por se encontrarem tão gastas
pelo uso! Além disso, os termos de ocasião não nos estão destinados. Vestem
sentimentos banais, corriqueiros, vulgares… O que sinto é absolutamente o
oposto disso! Por isso, há que inventar a palavra certa, com o tamanho exacto, o
sabor autêntico, a conotação perfeita e, principalmente, só nossa. E ela já
existe:
Caipirel!
Quando em meu ninho
Me aninho,
Quando em meu ninho
Me aninho,
Com carinho,
A pensar em ti
Não sei se mereço o destino,
Isto que sinto em mim.
É um inchaço no peito,
Que tolda a minh' alma,
Já não sei se tem jeito…
Este princípio sem ter fim!
Que bem o meu ser terá feito?!
Para caipirel
assim?!
As cores clarearam,
As flores cheiram a sorte,
As notas desertaram das pautas,
E as andorinhas perderam o norte!
Chegaste para junto de mim…
Caipirel!
Os sentimentos mais bonitos chegam sem serem esperados, aninham-se dentro de nós ...aquecem a alma.
ResponderEliminarBonito gostar...