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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ártemis

Pôr-do-sol, os globos povoados
Deslizam um olhar vago e incerto
Nos seus olhos de pranto calejados
E nas areias quentes do deserto.
Pudesse eu ser o Sol, a luz duma lanterna
Faria que a noite contigo fosse eterna.

E as harpias, adejando, fazem giros
Arrancando, ao passado, os velhos pregos,
E no silêncio ressoam uns suspiros
Dolentes como as súplicas dos cegos.
Fosses tu aquele ser de pilhagem
Prestava eu a minha humilde vassalagem.

1 comentário:

  1. Uma nova vida que quer brotar...
    Quem sabe o próprio sonho acordar...

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